Quando terminei o curso há cerca de 6 meses atrás nunca me tinha passado pela cabeça que por esta altura ainda estaria desempregada... Eu já sabia que a situação dos Enfermeiros em Portugal estava complicada e que não seria fácil arranjar um emprego mas nunca pensei que estivesse tão mal... =s
No inicio parecia quase um sonho... Após tanto esforço, tantos trabalhos, noites mal dormidas e tempo "perdido" tinha finalmente concretizado o meu sonho SER ENFERMEIRA mas, com o passar do tempo, este sonho depressa se transformou num pequeno pesadelo... =(
Depois de ter enviado dezenas de curriculos e entregue mais outros tantos pessoalmente, a esperança de arranjar um emprego foi-se desvanecendo... Sinto-me como se estivesse a dormir e quando acordar, amanhã de manhã, tudo não passou de um sonho, ou antes, de um pesadelo...
Mas em todo este percurso, de andar de um lado para o outro a entregar curriculos, a candidatar-me a concursos, o que mais me custou, foi a desvalorização que senti pela profissão... Nomeadamente, quando chegava a algum desses locais e me identificava como sendo Enfermeira e que gostaria de entregar o meu curriculo e os funcionários dessas instituições respondiam-me "se é para Enfermagem, esqueça" ou "não estamos a aceitar curriculos porque se o fizessemos ocuparíamos uma sala só com curriculos vossos"... Nesses momentos senti uma tristeza tão profunda que nem consigo explicar por palavras, talvez comparável ao de algumas pessoas, a quem chamamos e tratamos como marginais e que muitas vezes atravessamos a estrada só para não passarmos a seu lado, mas que não o são, nem muito menos deveriam ser tratadas como tal... =s
Bem espero que daqui para a frente a vida me comece a correr melhor pois o meu sonho ainda está incompleto...
No inicio parecia quase um sonho... Após tanto esforço, tantos trabalhos, noites mal dormidas e tempo "perdido" tinha finalmente concretizado o meu sonho SER ENFERMEIRA mas, com o passar do tempo, este sonho depressa se transformou num pequeno pesadelo... =(
Depois de ter enviado dezenas de curriculos e entregue mais outros tantos pessoalmente, a esperança de arranjar um emprego foi-se desvanecendo... Sinto-me como se estivesse a dormir e quando acordar, amanhã de manhã, tudo não passou de um sonho, ou antes, de um pesadelo...
Mas em todo este percurso, de andar de um lado para o outro a entregar curriculos, a candidatar-me a concursos, o que mais me custou, foi a desvalorização que senti pela profissão... Nomeadamente, quando chegava a algum desses locais e me identificava como sendo Enfermeira e que gostaria de entregar o meu curriculo e os funcionários dessas instituições respondiam-me "se é para Enfermagem, esqueça" ou "não estamos a aceitar curriculos porque se o fizessemos ocuparíamos uma sala só com curriculos vossos"... Nesses momentos senti uma tristeza tão profunda que nem consigo explicar por palavras, talvez comparável ao de algumas pessoas, a quem chamamos e tratamos como marginais e que muitas vezes atravessamos a estrada só para não passarmos a seu lado, mas que não o são, nem muito menos deveriam ser tratadas como tal... =s
Bem espero que daqui para a frente a vida me comece a correr melhor pois o meu sonho ainda está incompleto...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar`Como eu te compreendo colega, o tempo vai mudar, acredita...
ResponderEliminarPartilho da tua frustração... é triste. Tu e os teus colegas estão a pagar por erros politicos e de estratégio. Desejo-te a melhor sorte do mundo
ResponderEliminarGuilherme autor de porquedeixeideserenfermeiro.blogspot.com
Força, quem espera sempre alcança e mais tarde ou mais cedo vais encontrar alguma coisa. Enquanto não dá aproveita para realizares projectos pessoais que tenhas adiado. ;)
ResponderEliminarBeijinhos e muita boa sorte para o futuro.
accaonasaude.blogspot.com
ResponderEliminarNo passado dia 18 de Setembro, sexta-feira às 12h, estavam em frente ao Ministério da Saúde (MS) cerca de 200 enfermeiros numa concentração convocada pelos sindicatos dos enfermeiros, contra as grelhas salariais propostas pelo MS.
Os mais distraídos pensarão, só 200?? Há que louvar os que conseguiram marcar presença, no entanto não se podia esperar muito mais que este número, num dia de semana, num dia que nem se quer coincide com greve, ao meio-dia.
As próprias direcções sindicais afirmaram que o pouco que se avançou nas negociações foi à custa das grandes manifestações e greves. Ainda assim ficou acordada uma divisão na carreira que os enfermeiros não queriam. As direcções sindicais afirmam que foi uma opção táctica, que vão continuar a lutar pela carreira única e agora também contra as grelhas salariais. Com o acúmulo das reivindicações qual a vantagem de convocar uma concentração que à partida não passaria de simbólica?
O objectivo da concentração era exigir, através de uma moção que “nas reuniões negociais com a CNESE e a FENSE de 21 e 22 de Setembro, o Ministério da Saúde apresente os elementos que fundamentam as suas propostas e opções e evolua de posição.” Ora, os elementos que fundamentam as propostas do MS são fáceis de deduzir: poupar à custa dos trabalhadores da saúde, tal como o está a fazer com todos os outros trabalhadores da função pública (auxiliares, professores, administrativos, polícia...), tentando baixar ao máximo as grelhas salariais, ao mesmo tempo que agravam as condições de trabalho e eliminam a possibilidade da grande maioria de trabalhadores de chegar ao topo da carreira. Esta é a receita do MS para poupar no SNS, estes são os seus fundamentos, independentemente do próximo governo ser um PS com ou sem D. E não deveria o sindicato exigir outra grelha salarial e não os fundamentos desta? Não deveria o próprio sindicato apresentar uma grelha salarial que considerasse justa?
E será que é esta a táctica que os enfermeiros querem seguir? As exigências e as formas de luta foram discutidas e votadas, democraticamente, em plenários de enfermeiros sindicalizados e não sindicalizados? Ou foi uma decisão exclusiva da direcção do sindicato?
Já há quem clame por greve de tempo indeterminado. Será a maioria dos enfermeiros? Não se sabe porque as suas vozes não têm sido ouvidas no local certo: em plenários.
O MAS propõe esses mesmos plenários para que sejam os enfermeiros a decidir o que querem. Apelamos também às direcções dos sindicatos que representam os enfermeiros, os médicos, os auxiliares de acção médica, os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, para que as mobilizações sejam conjuntas e não divididas, especialmente agora que as nossas reivindicações são tão semelhantes. O nosso inimigo é o mesmo, juntos temos mais força.